Foto: Lucas Amorelli (Diário)
Iniciadas em 2017, as obras do chamado Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias 2 (Crema 2), estão mudando a cara de várias rodovias estaduais da região, como a RSC-287, de Santa Maria a Paraíso do Sul, e a ERS-149 (da BR-392 até Nova Palma, passando por Formigueiro, Restinga, Polêsine e Faxinal). As obras, contratadas pelo Daer, estão ainda mais adiantadas em duas estradas que ligam Santa Maria à cidade turística de Silveira Martins.
Segundo o Daer, na ERS-511 (estrada de Arroio Grande), está concluída a pavimentação, tendo sido colocado asfalto novo nos trechos ruins e o microasfalto em toda a extensão (é uma camada fina que protege o asfalto do surgimento de fissuras, que acabam gerando buracos). Além disso, estão sendo executadas a sinalização vertical e a instalação de defensas metálicas (guardrails). Já na VRS-804, que começa no trevo de Palma, junto à RSC-287, e vai até Silveira, a pavimentação está concluída e 60% da sinalização horizontal também foi feita. Em breve, serão instaladas as placas e colocadas as defensas metálicas.
Santa Maria é a 3ª cidade que mais gerou empregos em 2017
De acordo com o Daer, em questão de semanas, ambas obras devem estar concluídas. Então, as rodovias passarão a ter manutenção, que durará até 2021.
Conversei com um político de Silveira Martins, que preferiu não se identificar. Ele está muito feliz com a obra, pois diz que o asfalto novo e a sinalização reluzente, com tachas reflexivas, garantem mais segurança ao trânsito, inclusive à noite. Além disso, foram cortados galhos de árvores que atingiam ônibus e caminhões.
- Ficou quase perfeito. Mas vamos ver quanto tempo vai durar - diz ele.
Já o administrador do Ristorante La Sorella, João Victor Dalmolin, de Silveira Martins, acredita que as estradas em boas condições serão incentivo para mais turistas visitarem a cidade, inclusive à noite.
- Está ficando bom, mas falta sinalizar. Todo mundo achou muito perigoso porque aumentaram as valetas na lateral e não tem acostamento. Precisará de guardrails. Eles deveriam ter previsto também mudanças no início das duas estradas, para levantar o nível das pistas, pois seguirá alagando e interrompendo o trânsito - diz.
Opinião
Mesmo com a crise do Estado, com atrasos salariais, como o governo consegue tocar essas obras e deixar as estradas novinhas? Na verdade, a recuperação de 251 quilômetros nessas estradas e o contrato que prevê a manutenção pelos próximos cinco anos vão custar R$ 153 milhões. Elas estão sendo feitas porque a verba é um financiamento junto ao Banco Mundial, que será pago no futuro. Porém, como a folha de pagamento do Estado supera R$ 1,2 bilhão por mês, gastar R$ 153 milhões em cinco anos é um valor irrisório. Por isso, a crise não pode ser desculpa para deixar as rodovias abandonadas, como ocorreu em algumas épocas. Mas é claro que quem pagará a conta somos nós, em governos futuros.